Wednesday, October 25, 2006

[ Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro, desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
De repente agente veu que perdeu ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas tanbém bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu a minutos atrás ]

Adoro a peculiaridade e adoro o jeito como as coisas me surpreendem, me fazerm sorrir e acalentam quando eu to quase pirando. Todo mundo entra em parafuso. Todo mundo. Eu não sou diferente e sei que temos nossos momentos de fraqueza, odio e rancor. Revi meus conceitos. As pessoas ainda gostam de ter ideias sobre a minha vida, arriscam palpites e tudo mais. Quer saber? Nem posso me dar o luxo de me importar mais e na verdade vai fazendo menos diferença a cada vez. As minhas barreiras costumam funcionar de forma diferente das pessoas que me acompanham, de certo modo.

Wednesday, October 11, 2006


Árvore da Esperança, Mantém-te firme
Frida Kahlo 1946

Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou vai mais falar de sol
Do mar, da rua, da lua ou da solidão
Meu vicio agora é a madrugada
Um anjo, um tigre e um gavião
Que desenho acordada contra o fundo azul da televisão
Meu vício agora é o passar do tempo
O meu vício agora, movimento, é o vento
É voar...É voar...
Não vou mais verter
Lagrimas baratas sem nenhum porquê
Não vou mais vender melôs manjados de Karaokê
E mesmo assim fica interessante
Não ser o avesso do que eu era antes
De agora em diante
Ficarei assim
Desedificante
O meu vicio agora....


Música que me lembrava muito tempo atrás, um tempo incerto em que algumas angústias pairavam no ar. Me lembra o tempo em que eu acendia cigarros Carlton Cappuccino no carro do meu primo, indo pro trabalho...hahaha, tempo locão, ficar falando sozinha na rua, chorar no onibus, gravar coisas incrivelmente absurdas e engraçadas num gravador velho, almoços solitários regados à corversas paralelas comigo mesma, Acne, o medico dizendo pra mim: Moca, sua respiração tá muito suspirosa, sinal de depressão, toma aqui esses remedinhos! E eu, depois do susto, quase mandando o velho ir tomar no c****, cabelos pretos e curtos, bem Amelie...Hahahaa, vendo agora nem parece que foi tão claustrofóbico, patetico e triste...
Talvez nem tenha sido né? Deu pra me divertir......

As vezes me preservo, noutras suícido...