Wednesday, October 11, 2006


Árvore da Esperança, Mantém-te firme
Frida Kahlo 1946

Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou vai mais falar de sol
Do mar, da rua, da lua ou da solidão
Meu vicio agora é a madrugada
Um anjo, um tigre e um gavião
Que desenho acordada contra o fundo azul da televisão
Meu vício agora é o passar do tempo
O meu vício agora, movimento, é o vento
É voar...É voar...
Não vou mais verter
Lagrimas baratas sem nenhum porquê
Não vou mais vender melôs manjados de Karaokê
E mesmo assim fica interessante
Não ser o avesso do que eu era antes
De agora em diante
Ficarei assim
Desedificante
O meu vicio agora....


Música que me lembrava muito tempo atrás, um tempo incerto em que algumas angústias pairavam no ar. Me lembra o tempo em que eu acendia cigarros Carlton Cappuccino no carro do meu primo, indo pro trabalho...hahaha, tempo locão, ficar falando sozinha na rua, chorar no onibus, gravar coisas incrivelmente absurdas e engraçadas num gravador velho, almoços solitários regados à corversas paralelas comigo mesma, Acne, o medico dizendo pra mim: Moca, sua respiração tá muito suspirosa, sinal de depressão, toma aqui esses remedinhos! E eu, depois do susto, quase mandando o velho ir tomar no c****, cabelos pretos e curtos, bem Amelie...Hahahaa, vendo agora nem parece que foi tão claustrofóbico, patetico e triste...
Talvez nem tenha sido né? Deu pra me divertir......

As vezes me preservo, noutras suícido...

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