Wednesday, August 16, 2006

Eu me odeio
por
não conseguir
te odiar.

Tuesday, August 15, 2006


Nunca Pensei que me depararia com esse amor
O amor de verdade
Não está nos livros
Talvez nas notas de rodapé que ninguém lê.
Seis em seis eu amei para ser amada e esta é uma maneira errada de não ficar só,
E se eu escolho acreditar(Porque minha natureza assim diz)
Então escolho por acreditar que nossas vidas se tornaram uma
Então você pode entrar você tem livre acesso,
Te dou a lanterna
Você tem livre acesso, te darei tudo
Desisti de mim
Nunca pensei que mataria esse amor
A verdade sobre o amor
Achei um livro
Talvez na linha de frente, que ninguém lê.
(Pagan Love, Dominatrix).

Eu estou em conflito com o meu demônio interior. E você olha pra tudo como se entendesse. Mas não pode, assim como eu também não posso. Para de usar palavras articuladas como se isso funcionasse, para analisar meus trejeitos, eu fui uma pacifista em tempos de guerra e por isso eu morri. Tantas vezes. Você joga no escuro e tem medo de acertar. Eu sinto isso, sinto como se você jogasse querendo perder. Mas sou eu quem sempre acaba perdendo a sanidade mental.
Eu perdi o lirismo, o gosto por chocolate e a doçura. Eu não sei mais escrever histórias tristes. Eu não sei mais escrever historia nenhuma.
Por um tempo eu não me reconhecia mais. Depois percebi que eu tinha mudado apenas isso. Mas o engraçado é que certas coisas permanecem, como a minha mania de sempre baixar a guarda. Conter as barreiras às vezes faz bem.

Amizade é uma coisa complexa.
Sonhos, premonições. Toda História precisa de um final?
Estamos presas, uma a outra. Desde sempre.
E isso não é necessariamente uma coisa boa. Ou ruim.

Monday, August 07, 2006


You fill my heart, you keep me breathing...



Essa frase é pra tantas pessoas!

Cardigans no Brasil, verdade verdadeira! Só acreditei depois que o ingresso tava na minha mão!
Trilha Sonora da minha vida!!!!

Wednesday, August 02, 2006


Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas
(Chico Buarque de Hollanda, Mulheres de Atenas)


“Com nossa autopiedade ruidosa e nossos silêncios ostensivos, nós, muçulmanos, estamos conspirando contra nós mesmos. Estamos em crise e estamos arrastando o resto do mundo conosco. Se algum dia houve um momento para a reforma Islâmica, é agora. Pelo Amor de Deus, o que estamos fazendo a respeito? Não só por causa do 11 de setembro, mas com mais urgência em função dele, temos de acabar com o totalitarismo Islâmico e, principalmente, com as flagrantes violações dos Direitos Humanos contra as mulheres e minorias religiosas. Você vai querer me convencer que aquilo que estou descrevendo nesta carta aberta não é o verdadeiro islamismo. Francamente, uma distinção desse tipo não teria impressionado o profeta Maomé, que disse que a religião é a forma de nos comportamos com os outros – não teoricamente, na pratica. De acordo com esse critério, a maneira dos muçulmanos se comportarem se chama Islamismo. Varrer essa realidade para baixo do tapete é absolver-nos da responsabilidade por nossos semelhantes. Entende por que estou lutando?”
( Irshad Manji – Minha Briga com o Islã)

Não é fácil tentar compreender o Islã. Não é fácil por diversos fatores, tantos que eu não consigo nem imaginar. Em tempos de guerra no Líbano é fácil voltar-se para a TV e arriscar um palpite, não?
Estou lendo um livro de uma muçulmana, essa que citei acima. Minha Briga com o Islã choca – Como a própria religião, por diversos fatores. Eu, na minha condição de feminista, já fui – e muito – Islamofobica. E acho que não sem razão. Após um longo período de estudo sobre o Islã, eu me deparei com as mais absurdas situações. E também pude amadurecer para saber que o Islã não é somente o que a mídia prega. A religião então ganhou o meu respeito por ser a religião que mais cresce no mundo todo, e ganhou meu respeito simplesmente porque eu não podia mais atacar o Islã tão ofensivamente conhecendo o que eu conheci após a visita a Liga da Juventude Islâmica, em São Paulo.
Mas isso não abrandou minhas idéias sobre as outras questões envolvendo as mulheres e as minorias religiosas, nem sobre a interpretação do Alcorão.
Irshad Manji nasceu na Uganda e muito cedo migrou com a família para o Canadá. Mesmo vivendo no ocidente não rompeu os laços com sua religião e continuou estudando em escolas muçulmanas ate ser convidada a se retirar porque fazia perguntas demais.
Nunca mais parou.
Ela entra em cada célula da estrutura do Islã, tentando destrinchá-lo e tentando fazer com que os muçulmanos respondam as suas próprias perguntas.
O Islã é uma coisa a qual eu não consigo deixar de estudar, de ler, de debater. Tenho uma amiga muçulmana, e recorro a ela sempre que tenho duvidas. Mas Minha Briga com o Islã me deixou perplexa. Não só pela coragem de poder opinar como pela capacidade de ousar perguntar o porquê de tantas coisas que sempre foram proibidas, repudiadas e erradas. Mas eu queria saber o porque é tão complexo! Porque certas coisas não se encaixam ( Assim como acontece em todas as outras religiões) e o porquê as pessoas seguem simplesmente sem questionar nada.
Irshad Manji faz perguntas acidas como “Quando foi que paramos de pensar?” e se dirige a todos os muçulmanos numa carta aberta e polemica. Me deixou divida. Eu que revi meus conceitos sobre o Islã há meses atrás não consigo achar respostas para atrocidades como à de uma mulher africana que foi condenada a 80 chibatadas por ter sido estuprada. E ainda estava grávida. E de chorar, não?
Se nós não podemos falar como mulheres muçulmanas, Irshad grita, berra e debate inteligentemente por muitas delas.
Apesar de acusarem-na de traidora, seu único crime é uma natureza questionadora. Assim como a minha. Ela rompe barreiras há muito tempo intocadas pelo silencio e pelo conformismo. Não é apenas um livro; é o clamor de uma mulher muçulmana por liberação e mudança.